Santas Monjas

As Grandes Monjas



Historicamente, os monges sempre foram a maioria dos que abraçaram a vida monástica. Contudo sempre houveram grandes monjas que igualaram, quando não superaram as figuras masculinas. Por exemplo, na primeira geração monástica houve Antão do Egito como “pai dos monges”, mas poucos lembram de Maria Egipcíaca. Na juventude gozou de todos os prazeres, mas ao chegar a Terra Santa mostrou verdadeira compunção e emendou sua vida. É a primeira grande monja da história (se Antão é pai dos monges, podemos chamar Santa Maria Egipcíaca de nossa mãe).

Ainda no período do deserto, a Coleção de Apoftegmas apresenta o nome de duas ammas: Sara e Sinclética.

       De Amma Sara, destacamos o apoftegma 4, em que diz: “Pela natureza sou mulher, mas não pelo pensamento”.

     Que mulher de fibra ao se reconhecer em pé  de igualdade com os homens e nada dever a eles.

   

 

     Já de Amma Sinclética destacamos o apoftegma 19: “Muitos vivem nas montanhas e agem como se estivessem na cidade. É possível estar sozinho com o pensamento, mesmo que cercado de pessoas e o contrário também, estar sem nenhuma pessoa, mas mantê-las no pensamento e evitar a solidão”.

 

Como esquecer de Santa Escolástica, que embora lembrada em apenas um capítulo da obra de Gregório Magno mostra mais amor que seu irmão. Santa Escolástica apresenta que o caminho é guiar-se pelo amor e não somente pela austeridade. Aliás, todas as grandes monjas sempre apresentam um caminho de amor a Deus e aos irmãos, poucas vezes destacando sua própria austeridade. O que é quase sempre o oposto dos grandes monges.

 

 

Finalmente lembremo-nos da grande tríade de monjas: Santa Mectilde, Santa Hildegarda e Santa Gertrudes.

 

A primeira delas é Hildegarda de Bingen, hoje doutora da Igreja, notabilizou-se por seus estudos em botânica e medicina, mas essa grande monja também soube compor grandes hinos e poesias maravilhosas. Hildegarda viveu intensamente a realidade monástica e por isso é a primeira da grande tríade.

 

 

      Após ela, temos Mectilde de Hackeborn. Foi mestra de noviças, mestra de coro e mística. Seus escritos foram compilados por suas irmãs, especialmente Gertrudes que a suplantaria com o decorrer dos séculos.

 

 

 

     A última, mas não a menor das três é: Santa Gertrudes de Helfta, discípula de Mectilde e tal qual sua mestra, mergulhou em inúmeras experiências místicas. Recebeu o título de “Magna” com o passar das épocas, porque, embora tenha exercido poucos cargos importantes em sua vida, seus escritos ainda hoje são de grande valia para todos que buscam se aprofundar na vida espiritual.