Vocacional

"E procurando o senhor o seu operário na multidão do povo ao qual clama, diz ainda: "Qual o homem que quer a vida e deseja ver dias felizes? O que há de mais doce para nós, caríssimos irmãos, do que esta voz do Senhor a convidar-nos ?" (Prólogo, RB)



Todos nós temos uma vocação, um chamado especial de Deus para cada um de seus filhos. Este chamado é um dom de Deus. Só seremos pessoas realizadas e felizes quando dermos livremente nossa resposta ao livre chamado de amor que Deus nos faz para segui-lo. O chamado vem do Senhor. Somente ele pode fazê-lo.

O chamado para vida monástica é despertado em cada uma pelo próprio Deus. Através da renúncia de si própria, de tudo e todos, a monja vive não só para Deus, mas de Deus e em Deus.

A vida monástica segundo a Regra de São Bento significa ser fiel a um caminho espiritual pessoal, que faz passar da vontade própria à vontade do Cristo Senhor. Isto implica a generosidade no combate cotidiano para sermos santas como nosso Pai Celeste é Santo, e crescer nos frutos do Espírito Santo, o que conduz à integração progressiva do corpo e da alma no Reino de Deus, ou seja, no amor perfeito de Deus que expulsa todo o temor e não prefere nada a Cristo. Significa também a perseverança até o fim nesta viagem espiritual, porque o amor não se satisfaz enquanto não possui plenamente o Amado.

As monjas contemplativas, atraídas pelo esplendor de Cristo, “o mais belo dos homens” (Sl 44, 3), situam-se no coração da igreja e do mundo. Somos chamadas a vivermos totalmente orientadas para a busca do rosto de Deus, desejosas de encontrá-lO e contemplá-lO no coração do mundo. A presença de um mosteiro colocado como cidade no alto monte e candeia sobre o candelabro (Mt 5, 14-15), mesmo na sua simplicidade de vida, representa visivelmente a meta para onde caminha a comunidade eclesial inteira, preanunciando assim a glória celeste. Quanta eficácia apostólica se irradia dos mosteiros através da oração e da imolação! Quanta alegria e profecia grita ao mundo o silêncio dos claustros! ” (Vultum Dei quaerere, 2-3. 5).

“Uma monja beneditina, é aquela que ouve as palavras de Deus no interior de seu coração, no recolhimento, na meditação; e depois canta as melodias santas do Louvor de Deus, para depois anunciar as riquezas e belezas de Deus aos outros. Ora et labora, isto é nosso apostolado, mostrar Jesus pela nossa oração, pelo Opus Deis e pela nossa vida, nosso exemplo” (Madre Margarida Hertel).

Etapas da Formação Monástica

“A formação da pessoa consagrada é um itinerário que deve levar à configuração com o Senhor Jesus e à assimilação dos seus sentimentos na sua oblação total ao Pai. Em particular, a formação da monja contemplativa tende a uma harmoniosa condição de comunhão com Deus e com as irmãs, dentro de um clima de silêncio protegido pela clausura diária” (VDQ 13).

Ao entrar no mosteiro, após um período de no mínimo um ano de acompanhamento externo e experiência interna, a futura monja deve passar por três estágios que lhe ajudarão a ter pleno conhecimento do chamado de Deus e a tornar-se capaz de viver esta vocação à luz da fé no conhecimento pessoal de Jesus Cristo, na compreensão e no amor da Sagrada Escritura, da Liturgia e da Regra.

POSTULANTADO

O postulado é o primeiro período do tempo de formação. Tem por finalidade permitir um juízo acerca das aptidões e

vocação da candidata, avaliar o nível de seus conhecimentos religiosos e, se necessário, completá-los.

Tem ainda por finalidade proporcionar uma transição gradual da vida no mundo para a vida no noviciado. O tempo de postulado é de aproximadamente um ano (Cf. Constituições da Congregação Beneditina do Brasil, § 73.77).

 

NOVICIADO

O noviciado é o segundo período da formação básica para a vida monástica. A formação se destina a introduzir no conhecimento e na prática da vida monástica vivida no mosteiro. O noviciado tem a duração de dois anos (Cf. Constituições da Congregação Beneditina do Brasil, § 80.81).

 

PROFISSÃO TEMPORÁRIA

 

Concluído o noviciado, inicia-se o período de profissão monástica temporária, onde a noviça emite os votos de Estabilidade, Conversão dos Costumes e Obediência por três anos. É o terceiro período de formação básica. Com a profissão monástica temporária, a monja se obriga a buscar, com toda a família monástica, uma vida comum sempre mais autêntica e evangélica, especialmente pela prática dos três votos, preparando-se desse modo para futura profissão perpétua (Cf. Constituições da Congregação Beneditina do Brasil, § 93.94).

 

 

PROFISSÃO PERPÉTUA

Terminado o tempo de profissão temporária, a monja dá seu SIM definitivo à Deus, à Santa Igreja e à sua Comunidade Monástica. Ao emitir a profissão monástica perpétua, a monja recebe também a Consagração. Em consequência da profissão perpétua, a monja assume, em nome da Igreja, o múnus do Ofício Divino (Cf. Constituições da Congregação Beneditina do Brasil, § 124.125).

 

Para atingir a consagração monástica a monja deve estar consciente de sua opção por viver segundo o princípio da Sagrada Escritura, ou seja, o amor e a fé em Cristo Ressuscitado; além de uma opção consciente por militar segundo a Regra de Nosso Pai São Bento.

Para atingirmos esse grau de consciência, as futuras monjas têm à sua disposição uma biblioteca e uma série de cursos fixos, como por exemplo, Liturgia, Canto Gregoriano, Sagrada Escritura, Espiritualidade e História Monástica, História e Doutrina Cristã, Santa Regra e Vida de São Bento; além disso, existem conferências esporádicas que são ministradas por leigos, presbíteros ou monges.

Toda essa formação tem como objetivo ajudar às futuras monjas a viverem desprendidas das criaturas e de si mesmas, unidas ao Verbo e deixando-se agir em tudo por Ele, para que não haja nela nem pensamento, nem sentimento, nem desejo, nem querer, nem ação, nem passo que não derive d’Ele, que não dependa de Sua graça, que não dimane de Seu amor, realizando, assim, o fim de nossa sublime vocação e atingindo, por Graça e Misericórdia, o fim supremo de nossa vocação monástica: uma vida de amor.

 

 

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A alegria de ser monja